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e os seus efeitos terapêuticos, com destaque para a vertente musical

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

"Arte" e "Ciência" escritas na mesma linha?

"Gosto muito de Ciência e custa-me pensar que tantos temam o assunto ou sintam que optar pela ciência significa não poder escolher a compaixão ou as artes, ou não ficar maravilhado com a Natureza. A ciência não tem o propósito de nos curar do mistério, mas reinventá-lo e revigorá-lo."
Robert Sapolsky, Why zebras don't get ulcers, p.12

Com este excerto começa uma das sugestões de leitura que disponibilizei à direita desta página, "Uma paixão Humana - o seu cérebro e a música", de Daniel J. Levitin. O autor aborda a dada altura a dicotomia Arte-Ciência:
"(...) Os trabalhos dos artistas e dos cientistas envolvem fases de desenvolvimento similares: uma fase brainstorm criativa e exploratória, seguida pelas fases de teste e aprimoramento que envolvem naturalmente a aplicação de um conjunto de procedimentos, apesar de, muitas vezes, serem inspiradas por soluções de problemas adicionais e criativas.
Os estúdios dos artistas e os laboratórios dos cientistas são também semelhantes: decorre ao mesmo tempo um vasto número de projectos em diversas fases de acabamento. Ambos requerem ferramentas especializadas e os resultados são (...) susceptíveis de diferentes interpretações. Os artistas e os cientistas têm em comum a capacidade de viverem num estado permeável à interpretação e reinterpretação dos produtos do seu trabalho."


O artista, seja qual for o campo da sua criação (literatura, teatro, dança, artes plásticas, fotografia, cinema, etc.), recorre à imaginação para criar a sua arte.

Mas também o conhecimento de que é feita a ciência resulta, inquestionavelmente, de um exercício da imaginação.

No entanto, o senso comum associa o conhecimento à ciência e a imaginação à arte, acreditando que a imaginação é estranha à ciência.

Deve-se a Albert Einstein, cientista que defendeu a teoria da relatividade, a frase: “O conhecimento permite-nos ir de A para B, mas a imaginação permite-nos ir a qualquer lado”. Afirmou também:Sou suficientemente artista para me deixar levar pela imaginação”. E assim se criou um dos maiores cientistas dos últimos tempos...

Não separemos duas entidades indissociáveis.
Façamos ciência através da arte e arte a partir da ciência :)


Imagem acedida em:
http://luizcarlos-jr06.sites.uol.com.br/einstein_violino.jpg

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