Um espaço para partilha de ideias relacionadas com as práticas artísticas
e os seus efeitos terapêuticos, com destaque para a vertente musical

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Menino de cadeira de rodas vê os seus sonhos concretizados

A imaginação de Luka, um menino de 12 anos com distrofia muscular, ganhou vida graças ao fotógrafo Matej Peljhan. 

Luka tem uma doença degenerativa, pelo que passou a maior parte de sua vida numa cadeira de rodas. É incapaz de fazer esforços musculares para além de mexer os dedos, com os quais controla a sua cadeira de rodas e faz desenhos expressando as suas ideias e imaginação.

Como qualquer criança, Luka queria saltar, brincar e experimentar vários desportos - e bastou uma mudança do ponto de vista para resolver o problema. 
Com a ajuda de Peljhan, Luka foi a estrela do projecto fotográfica "O Pequeno Príncipe" - em referência ao livro do francês Antoine de Saint-Exupéry - onde teve a oportunidade de se ver a si mesmo disfrutando dos mesmos prazeres que outros meninos da sua idade.

Só foi necessário mudar a perspectiva... e provaram ser capazes!





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segunda-feira, 15 de abril de 2013

Música estimula o desenvolvimento intelectual, pessoal e social


Estudos recentes sobre a actividade cerebral comprovam que a interacção com a música pode influenciar acções cognitivas que não estão directamente relacionadas com ela, principalmente nas gerações mais jovens. O córtex cerebral organiza-se à medida que nos envolvemos em diferentes actividades musicais e as capacidades relacionadas com esta área adaptam-se a outro tipo de acções com um processo cognitivo semelhante.

Estudos sobre estes temas serão apresentados no simpósio «Music, Poetry and the Brain», organizado pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa (UNL) e pelo Goethe- Institut, a realizar no dia 25 de Maio, na Reitoria da UNL. A programação, não direccionada apenas a especialistas em música ou neurociência, está a ser coordenada por Armando Sena (Lisboa) e Robert Zatorre (Montreal).


As investigações mostram que a música e o discurso oral partilham uma série de sistemas de processamento cognitivo, pelo que as experiências musicais melhoram a percepção da linguagem, o que por sua vez facilita a aprendizagem da leitura.

Experiências com crianças de oito anos com apenas oito semanas de educação musical demonstraram que havia melhorias na cognição perceptual quando comparadas com o grupo de controlo. O envolvimento activo com a música aguça a capacidade cerebral para registar sons linguísticos.

O discurso oral faz um uso extensivo da audição dos padrões estruturais que se baseiam nas diferenças do timbre entre fonemas. A educação musical desenvolve capacidades que melhoram a percepção destes padrões, que, por sua vez, são fundamentais para desenvolver a atenção fonológica e aprender a ler com sucesso.

Tocar um instrumento ajuda a melhorar a capacidade de recordar as palavras através do desenvolvimento da região temporal esquerda do cérebro. O mesmo estudo realizado com crianças de oito anos demonstrou que os participantes com educação musical fixaram mais 17 por cento da informação do que aqueles que não tinham educação musical.


Informação retirada de Ciência Hoje